Quinta em Amarante com 629 m²

Propriedade única, com potencial de negócio hoteleiro (agroturismo) ou ligado às áreas da saúde e bem estar, com parte integrante de vinha e de outras culturas, de elevado potencial de exploracão económica. Compõem-na um artigo urbano, com casa principal e 3 edifícios adjacentes e ainda dois artigos rústicos, de onde se destaca uma área de vinha em produção e um potencial de alargamento de vinha e plantio de outras culturas. Da composição da Quinta da Costa: O Solar da Costa é originário do Século XVII, detendo uma importante componente histórica, mantendo a sua traça original, assim como a generalidade dos acabamentos interiores, e das caixilharias, evidenciando necessidade de reparações pontuais ao nível interior e exterior e apresentando-se em razoável estado geral de conservação. O artigo urbano compõe-se de 4 edifícios: Solar (Casa principal): Área bruta de construção = 1.693,00 m2 Área de implantação do Edifício = 847,00 m2 Área de habitação (inclui pátio de entrada e acesso ao 1.º anda) = 832,30 m2 Área de lojas, arrumos lagar, … (restante área do r/c) = 747,00 m2 Área de terraço = 113,70 m2 Capela: 47m2 Casa dos Caseiros: Área bruta de construção = 117,00 m2 Área de implantação do Edifício = 117,00 m2 Área de habitação (1º andar) = 117,00 m2 Área de arrumos (r/c) = 117,00 m2 Casa do Pessoal (Sazonal): Área bruta de construção = 95,00 m2 Área de implantação do Edifício = 60,00 m2 Área bruta privativa = 95,00 m2 Da quinta fazem ainda parte dois artigos rústicos: - Artigo composto por cultura, ramada, videiras, pomar, fruteiras, pinhal, mato e pastagem, com a área de 52.900 m2. - Artigo composto por leira de travancelos - cultura, ramada, videiras e pastagem, com a área de 13.500 m2. Possui uma área com vinha em produção ("vinho verde"), com plantas em plena produção e em bom estado vegetativo, a que correspondem produções médias anuais da ordem dos 10.666 kg/ha/ano (rendimento máximo por ha das vinhas e produtos vitivinícolas com direito à D.O. "vinho verde", conforme artigo 8.º da Portaria 152/2015, de 26 de Maio). Existe ainda a possibilidade de instalação de vinha adicional. A Propriedade possui registada uma área de vinha de 2.255 m2. Da propriedade constam também duas parcelas em pousio cultural, com potencialidade para a produção agrícola (produção de culturas arvenses de regadio) e uma área com Pinhal com 30 anos de idade média. Descrição do Solar (Casa Principal) Edifício composto por rés-do-chão + andar. O rés-do-chão, destina-se a pátio de entrada e acesso interior ao 1.º andar, 5 lojas (sendo 4 na ala Sul, e uma na ala Norte), 2 quartos/arrecadação, uma divisão destinada a adega com ligação a uma divisão com lagares em granito, uma divisão destinada a garagem, duas pequenas divisões destinadas a arrumos (na parte inferior do alpendre da fachada Norte), e outras duas divisões de maiores dimensões, também destinadas a arrumos (localizados por baixo da cozinha). Esta zona da construção apresenta-se em razoável estado geral. O 1.º andar é composto por: 6 quartos, cozinha tradicional com instalações sanitárias de serviço e uma divisão destinada ao pessoal de cozinha, sala principal, sala de visitas, sala de jantar, sala da música, biblioteca, escritório, 3 instalações sanitárias completas, e despensa. Refira-se ainda a existência de uma varanda coberta e um terraço. O acesso principal ao Edifício é feito a partir do rés-do-chão, através de um pátio de entrada localizado na fachada principal (Nascente), onde existe uma escadaria em granito, de acesso ao 1.º andar. Possui vários acessos independentes às divisões, quer do rés-do-chão. Da História: A Quinta da Costa ou Solar da Costa, situada na Freguesia de Mancelos, em Amarante, foi propriedade dos Condes da Costa, de onde se destaca como legítima representante e herdeira D. Ana José Guedes da Costa, uma figura feminina de relevo histórico nos finais do séc. XIX, inícios do séc. XX. Desempenhou um papel de relevo na sociedade da época: primeira Senhora da alta sociedade do Porto diplomada oficialmente como Enfermeira (hoje em dia a Escola Superior de Enfermagem do Porto tem o seu nome); galardoada com a Placa de Honrada Cruz Vermelha pelos serviços que prestou àquela instituição em épocas de epidemias, quando transformou a casa em hospital durante a grave epidemia denominada "pneumónica"; desempenhou, na Câmara Municipal do Porto, funções de Vereadora, destacando-se, segundo documentos da época, a sua faceta humana na gestão do pelouro; proclamada Cidadã Honorária pela Câmara do Porto em 1944; foi benemérita do Hospital de crianças Maria Pia, a quem salvou da decadência com a receita da venda de alguns bens patrimoniais; esteve também na origem da criação do Instituto de Oncologia do Porto. Foi ainda proprietária e administradora de uma fábrica de cartonagem no Porto, tornando-se a 1ª industrial feminina em Portugal. Esta iniciativa deveu-se à necessidade de obter meios financeiros para o restauro e manutenção do Solar da Costa, bem como para sustentar as suas obras de benemerência. É sem dúvida uma oportunidade rara. Venha conhecer.